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A criptomoeda lastreada de Maduro

Prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende
Departamento de Ciência da Computação
Universidade de Brasília
09 de dezembro de 2017


Entre 5 e 9 de dezembro de 2017 o autor manteve, numa lista de emails dedicada ao Direito, Justiça e informática, troca de mensagens a respeito do tema que nomeou a thread e este artigo. Como a lista é fechada, alguma edição foi necessária: autores respondidos são identificados por iniciais; [texto entre colchetes] são insertos que visam a preservar o sentido original do conteúdo postado, e elipses ... são supressões convenientes a esta edição.


email 1: 2017 Dezembro 05, BM:
[Deu em matéria no El Pais]: "O presidente da Venezuela anunciou a criação de uma criptomoeda, batizada de Petro, que servirá para efetuar transações financeiras no exterior e combater o bloqueio econômico contra o seu país. (...) Detalhou que a nova moeda digital será lastreada pelas reservas venezuelanas de petróleo, diamantes e outros minerais."

email 2: 2017 Dezembro 05, AM:
Uma criptomoeda tem a peculiaridade de não estar submetida a nenhum banco central. É pura confiança entre mineradores e compradores. Não pode ter respaldo externo.

email 3: 2017 Dezembro 05, Pedro Rezende

Eu diria algo parecido, porém, com uma diferença fundamental para entendermos o fenômeno das criptomoedas. Eu diria que uma criptomoeda tem a peculiaridade de poder não estar submetida a nenhum banco central -- que é o que há verdadeiramente revolucionário no conceito utilitário de blockchain descentralizada --, como está provando a primeira delas, independentemente de ser entendida ou não como fiduciária, fiat, lastreada ou sem "dono".

Entretanto, eis que várias criptomoedas são projetadas, implementadas e lançadas numa trilha que não explora este potencial, seja porque os autores não acreditam na utilidade desse potencial, seja porque querem aprender como neutralizar esse potencial em "concorrentes", seja porque querem "turvar as águas", dentre as quais a mais valorizada atualmente é a Ripple, totalmente controlada por um consórcio de bancos. Tentando inferir apenas do que sabemos do contexto, posso presumir que a Petro é um projeto semelhante ao do Ripple, controlado pelo banco central da Venezuela com possivel aporte de know-how por quem já andou ou anda nessa trilha.

email 4: 2017 Dezembro 05, BM:
    > AM: Uma criptomoeda tem a peculiaridade de não estar submetida a nenhum banco central...
Sim eu tenho noção disso, por isso acredito que a questão de ser uma criptomoeda foi mais uma jogada de marketing que uma decisão técnica, na verdade essa nova moeda vai funcionar como uma simples paralela pra tentar combater a dolarização da economia Venezuelana.

Além disso, o uso do blockchain para uma moeda de uso generalizado, como aparenta que querem fazer, é absolutamente inviável. Esse tipo de problema que inviabiliza o uso generalizado de uma criptomoeda é muito fácil de se percebida nas transações atuais de bitcoin, além de ser caro fazer uma transação (de $5 a $7) ela pode demorar mais de 16 horas dependendo da hora e do dia em que for processada e precisa de uma quantidade estupidamente alta de energia para existir e permitir transações, e para piorar esses problemas aumentam exponencialmente a medida que o número de transações vai aumentando. Esse tipo de coisa é o calcanhar de Aquiles para qualquer coisa baseada em blockchain, quanto mais sucesso se tem mais recursos são necessários pra fazer o blockchain se manter funcionando.

email 5: 2017 Dezembro 05, Pedro Rezende

A solução técnica para a transição desta fase -- em que o bitcoin mostra sinais óbvios de saturação como meio de pagamento (mas não como reserva de valor) --, para uma terceira fase na evolução das criptomoedas descentralizadas, acompanhando o modelo de pirâmide invertida de liquidez monetária (pirâmide de Exter) está nas lighting networks, side chains, e tiered chains, que no caso do bitcion deve levar pelo menos mais um ano até entrarem em operação, via softforks.Tal previsão decorre do exíguo contingente de programadores competentes trabalhando nesses subprojetos entre os desenvolvedores core (poucas dezenas), e da necessidade de exaustivos testes para limitar os imprevistos danosos com os softforks. Mas essa escala temporal não parece ser crítica enquanto o bitcoin, na atual fase saturada para a função moterária de meio de troca, seguir consolidando sua função complementar, a de reserva de valor.

Enquanto as citadas soluções tecnológicas não entram em operação para inaugurar a terceira fase evolutiva das criptomoedas descentralizadas, os funerais antecipados por experts pilotando retrovisores, com suas visões filtradas por óculos moralistas, não terão qualquer efeito coletivo enquanto a crescente capitalização do bitcoin seguir consolidando sua função de reserva de valor. Quanto aos "escândalo" do consumo de energia para manter funcionando essa nova máquina de verdade virtual, ele me leva a pensar nas várias guerras deflagradas nos últimos para construir versões da verdade histórica, com os lados sempre financiados pelos mesmos concentradores alojados em bancos mais centrais, como mostra o documentário "All wars are bankers wars". Compare o "desperdício" de energia para manter blockchains com essa alternativa, que tem prevalecido nos últimos 500 anos, a qual o financista James Turk chama de modelo bélico dos bancos centrais:

Concentradores financeiros mais centrais emitem moeda fiat sem lastro cuja demanda como meio de pagamento é forçada, na prática, militarmente sobre outros, sobre mercados, agentes e estados fora de sua jurisdição. Quem emite a moeda na qual é originada sua própria dívida então colhe, em atividade econômica depreciada, por dívidas dos que não emitem a moeda de origem da sua dívida. A concentração decorrente funciona enquanto a quantia emitida para cobrir dívidas de quem está "por cima" superar os gastos políticos e militares necessários para sustentar essa coerção. Tempo que, historicamente, tem durado algo entre setenta e duzentos anos. Quando o período de eficácia do modelo se esgota, entra-se na fase crítica do ciclo capitalista que o economista Joseph Schumpeter chamou, em seu livro "Capitalism, Socialism and Democracy", de "destruição criativa". É mole? Eu prefiro um futuro alternativo com muito "desperdício" de eletricidade ao invés.

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email 6: 2017 Dezembro 05, ST:
Professor Pedro, Não entendo como algo pode ser reserva de valor sem força como meio de pagamento.

email 7: 2017 Dezembro 05, Pedro Rezende

Nem eu entendia, antes de me deparar com o fenômeno das criptomoedas. Que me forçou a pensar e a refletir, e a estudar para aprender (principalmente de outras áreas), por força de ofício, que no meu caso é acadêmico na área de criptografia. Esta incompreensão desconcertante que você compartilha com muitos, inclusive comigo até bem pouco tempo (circa 2014), me faz lembrar da dos economistas clássicos diante de um fenômeno parecido, o do software livre como atividade produtiva, do desenvolvimento colaborativo e licenciamento permissivo no regime copyleft (que por sinal embasa, agora, o fenômeno descocertante seguinte, do "dinheiro livre"). Em tese, um besouro não deveria nem poderia voar... Mas voa! Poderíamos até revisar um velho ditado, e dizer: em boca fechada [de economista clássico] não entra besouro.

Concordo que a força das criptomoedas descentralizadas como meio de pagamento está ausente, mas não vejo nisso problema porque, como disse na msg que vc responde (um detalhe crucial ao qual não deu importância ao dirigir-me sua dúvida), está ausente temporariamente; está latente, aguardando a tecnologia e a cultura amadurecerem e se alinharem para efetivar-se. A grande questão para mim aqui é a mesma de tudo que é latente: se vai ou não se realizar. Mais precisamente, na prática: como vai o modelo bélico dos bancos centrais impedir? (pois quanto ao potencial da tecnologia e dos processos culturais nesse mundo hiperconectado, não tenho mais dúvida)

Mas voltando à sua específica dúvida: Para superá-la, convido-o a refletir sobre o status hoje do mais antigo, longevo e testado meio financeiro. O ouro não continua exibindo a característica de reserva de valor, mas hoje sem a força como meio de pagamento? Ou será que voce recebe honorários por peso do metal, confortável com sua habilidade para reconhecer suas propriedades (para distinguindo o legítimo do falso), e para declara-lo sem incertezas no imposto de renda? Suponho que voce consiga entender como era antes. Mais precisamente, antes da invenção do papel moeda (pelos chineses, no século XI). Depois da qual o modelo bélico dos bancos centrais passou a ter sucesso pela falta de controle natural de escassez daquilo que hoje o senso comum considera ser "naturalmente" dinheiro, apenas pelo fato de agregar essas duas propriedades juntas -- embora com a primeira, fugaz ou ilusória, e com a segunda, via de regra imposta por força de Lei. Pense e responda (pode ser para si mesmo apenas): por que o ouro é hoje tão desdenhado como meio de troca (exceto talvez na Ìndia), por essa cultura do"senso comum"?

Então, se o ouro perdeu a segunda dessas duas propriedades (meio de pagamento) por razões práticas e/ou culturais, enquanto mantém a primeira, por que não seria possível reverter o processo, virtualizando as propriedades do metal nobre, enquanto recriamos uma cultura para a segunda propriedade desse novo meio (para sua aceitação como meio de troca), no nosso novo mundo hiperconectado? Bem vindo a esse mundo novo cujos surpresas e inetitismos você mesmo gosta, e com muita verve, de anunciar nesta lista. Quem sabe ele ainda reserva surpresas hoje inimagináveis até mesmo para tão grandes visionários...;-)


email 8: 2017 Dezembro 05, ST:
Bom que o professor passou pela perplexidade que agora me assombra. E que já tem algumas respostas. Obrigado por passá-las.

email 9: 2017 Dezembro 07, Pedro Rezende

Meus caros, as respostas que tenho para passar são as que vão mostrando coerência e consistência frente à perplexidade seguinte, que elas mesmas descortinam. Por exemplo: sobre a grande questão prática que citei, acerca das estratégias do modelo bélico dos bancos centrais para neutralizar e capturar as criptomoedas descentralizadas, veja como, nessa leitura geopolítica de Brandon Smith (recém publicada em seu portal Alt-market), a tática descortinada no nono parágrafo é consistente com o momento político que estamos vivendo no Brasil, observável na agenda para a fase atual do processo ali descrito. Para testar a coerência desta interpretação (se é consistente com a situação política local), eu havia acionado a Procuradoria Geral da República (MPE) através desta Petição, e estou aguardando os desdobramentos: para mim, o teste validará tal coerência se os desdobramentos forem nulos. E assim vamos, de uma perplexidade a outra, para cujo descortino a honestidade intelectual e a revisão de preconceitos ajudam.

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email 10: 2017 Dezembro 05, LI:
O valor da moeda está na confiança em quem emite seu certificado. É a isso que se chama de "lastro". Qualquer moeda de qualquer país só tem valor enquanto o governo emissor garante a sua valia correspondente. Não se trata na simplicidade de manter uma reserva em ouro, por exemplo, correspondente a todo o valor emitido. A garantia vai além, pois é assegurada pelo universo de recursos daquela nação. O que me faz cético com relação às criptomoedas e congêneres é exatamente a falta desse "emissor" confiável. Quando vou ao banco e troco os reais que duramente conquistei por notas de dólar ou de euro, estou confiando no signatário americano ou europeu que emitiu o documento, atestando que ele vale tanto quanto eu penso que ele vale. Se uma catástrofe se abate sobre o emissor, e aquele estado perde sua capacidade de solvência, a bolha estoura na minha mão, e fico a manter minhas notinhas sem valor. Quem tem mais de 30 anos terá na memória exemplo prático, quando recebíamos o pagamento por um bem ou serviço em notas do nosso etéreo dinheiro nacional que, ao passar de alguns dias, via seu valor se dissolver pela inflação de quase 100% ao mês. No caso do Bitcoin, por exemplo, em quem eu devo confiar, para trocar meus Reais reais pela moeda eletrônica? Apenas nos discursos dos seus defensores? Há que existir algum lastro a garantir o seu valor, representado pela solvência do seu emissor. Caso contrário, corre-se o risco de ver a bolha estourar com o mico nas mãos.

email 11: 2017 Dezembro 05, Pedro Rezende

Eis aí uma descrição politicamente correta do modelo bélico dos bancos centrais.

Para que serve o discurso dos defensores do Bitcoin? Tal discurso serve apenas para descrever por que a inviolabilidade de um registro distribuido, inconfiscável e incensurável, funciona ou pode funcionar como lastro (contábil, fiduciário, etc). E em que sentido pode funcionar até melhor. Dentre os que podem, ou podem se habilitar a entender, entende quem quer. E repito: Se o dito nessa defesa não pode ser entendido como lastro para o conceito de dinheiro, alternativo a uma série infindável de guerras cada vez mais destrutivas financiadas dos dois lados por emissores de moedas lastreadas no tipo de garantia descrita pelo discurso polticamente correto a que respondo, estaremos falando através de paradigmas diferentes, onde a dissonância cognitiva impede a busca do entendimento mútuo.

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email 12: 2017 Dezembro 05, BM:
Um problema significativo é que o bitcoin "saiu de controle"em relação ao que era originalmente previsto e ganhando muito mais valor do que se poderia imaginar. Ele era pra ser um mero 'proof of concept' que cresceu muito mais que devia com um crescimento que cada vez mais se parece entre um misto de esquema Ponzi com Mania da Tulipas.

Existem outras centenas (quiçá milhares) de outras moedas que buscam minimizar os problemas do bitcoin e a blockchain (como por exemplo Ethereum, XMR, ZCash) e as próprias tentativas de forks do bitcoin mas eu pessoalmente não tenho nenhum entusiasmo nessas iniciativas, não enquanto não resolverem de uma vez por todas o grave problemas de escalabilidade que o blockchain do Bitcoin tem, e isso não tem nada a ver com moralismo, tem a ver com ceticismo mesmo em relação as promessas cada vez mais insanas e "criativas" que fazem com relação a tecnologia blockchain

email 13: 2017 Dezembro 05, Pedro Rezende

Admiro essa capacidade de entrar na mente de um personagem que ninguém sabe na verdade quem é, para ler suas últimas intenções quanto à sua agora famosa proposta de proof-of-concept (em minha modesta e humilde opinião, se fosse só isso, só uma prova de coceito, esse personagem não precisaria permanecer anônimo -- ainda mais no controle de quase um milhão de bitcoins, dentre os primeiros minerados)

Quando ao ceticismo para soluções técnicas, minha posição vem de acompanhar as discussões (principalmente acerca de trade-offs) entre os desenvolvedores do core, no extremo técnico do processo de evolução do protocolo e ecossistema do bitcoin. Meu ceticismo para soluções práticas é relativo, pois acredito pelas profecias (principalmente em Is 10:1-4, que em principio estaria dissociada daquelas do livro do Apocalipse) que a eventual vitória do modelo bélico dos bancos centrais será temporária, e não passará de sete anos.

Quanto ao moralismo, a referência indireta foi ao escandaloso "desperdício" de eletricidade para manter o blockchain bitcoin, interpretação que despreza completa e solenemente a funcionalidade prática deste "gasto" como barreira de defesa conta qualquer tipo de ataque por sabotagem ou por captura, cooptação ou subversão do processo de construção de consenso ao longo da evolução do protocolo e da vida do correspondente blockchain. As promessas insanas e critativas de espertalhões que singram o mar de ignorância dos leigos sobre o que está em jogo, seja para "turvar as águas", seja para se locupletalem desse momento histórico de inseguranças e incertezas com o instinto de ganância alheia, só tem relação com a verdadeira revolução das moedas virtuais descentralizadas para obstruí-la ou atacá-la, e não deve ser confundida com a própria por quem quiser honestamente entendê-la.


email 14: 2017 Dezembro 05, BM:
Professor, não é preciso entrar na mente do Satoshi Nakamoto para saber que o bitcoin era uma 'proof of concept', isso pode ser percebido no próprio paper desenvolvido por ele que serviu de base para o bitcoin.

A questão do desperdício de energia não é por questão moralistas que eu falei, mas por questão de lógica, o custo para se minerar e para cada operação feita no bitcoin tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos (o que faz inclusive tem feito o custo por operação aumentar de maneira constante), o que não é insignificante se levarmos em conta que a Visa por exemplo tem capacidade de executar até 56 mil operações por segundo. Imagina o consumo de recursos computacionais e de energia necessários pra se processar uma quantidade dessas de transações usando como base o atual blockchain que pelo o que eu saiba consegue processar 7 transações por segundo. Por mais que se fale de questões como barreira de defesa conta qualquer tipo de ataque por sabotagem ou por captura, cooptação ou subversão no final das contas o que vai ser significativo para o bitcoin firmar ou não enquanto alternativa é o custo para se operar. Não dá pra imaginar o cara pagando 7 reais de taxa de operação para fazer uma compra de 5 reais através do bitcoin.

Acho que o bitcoin enquanto meio de transacionar comercialmente ainda é muito incipiente e ainda tem muito o que avançar para se tornar uma alternativa factível ao mercado financeiro tradicional. Hoje entendo que o bitcoin pode até ser um meio de investimento mas não serve como moeda no sentido tradicional, mas ainda tem muita agua pra correr por debaixo dessa ponto, até chegar no pico das expectativas e depois passar pelo vale da desilusão o bitcoin ainda vai ter que maturar muito para se tornar uma moeda viável para uso em larga escala, por isso que eu disse que ainda vejo o bitcoin como uma versão modernizada da mania das tulipas. Isso pode mudar no futuro? Obviamente vai mudar, a questão é, quanto tempo isso vai demorar a ocorrer? Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares, ou melhor, de 85 bitcoins.

email 15: 2017 Dezembro 09, Pedro Rezende

Questões de perspeciva, paradigmas diferentes. Vises de retrovisor ou visões de parabrisa, entre as quais a dissonância cognitiva (próximo ao momento de um desastre) é total. Eis um exemplo dessa dissonância: Não faz sentido inferir ou insinuar que minha resposta anterior nega que o bitcoin tenha sido proposto como proof-of-concept. Eu obviamente disse que foi isso e mais: Esse mais, eu o disse diretamente, e Satoshi, indiretamente: basta ler no blockchain do bitcoin, e nas discussões subsequentes na lista de cypherpunks onde foi originalmente publicado o paper com o proof-of-concept. Traduizindo trecho de uma matéria ilustrada do portal ZeroHedge a respeito:
Enquanto raposas causídicas seguem desdenhando uvas virtuais que não alcançam (ou não querem alcançar), a criptocaravana passa: https://medium.com/@lightning_network/lightning-protocol-1-0-compatibility-achieved



Autor

Pedro Antonio Dourado de Rezende é professor concursado no Departamento de Ciência da Com­putação da Universidade de Brasília, Advanced to Candidacy a PhD pela Universidade da Cali­fornia em Berkeley. Membro do Conselho do Ins­tituto Brasileiro de Política e Direito de In­formática, ex-membro do Conselho da Fundação Softwa­re Li­vre América Latina, e do Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-BR). http://www.­pedro.jmrezende.com.br/sd.php

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Pedro A D Rezende et. al., 2017:  Este debate é publicado no portal do editor-coautor, com os demais coautores anonimizados, sob a licença disponível em http://creativecommons.org/licenses/by-nd/2.5/br/